sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

(...) comodismo


E parece que quanto mais o tempo passa ... a cumplicidade aumenta, a afinidade aumenta, os olhares se tornam instigantes, porém o comodismo permanece. 

Cada dia que passa tudo fica melhor, é uma espécie de vinho que "quanto mais velho, mais saboroso". Ainda sim, minhas dúvidas e neuroses, do meu lado gritante de mulher, insistem em não me deixar e assim tudo continua na mesma. Isso é que é problema: tudo na mesma. Porque?

Não sei dizer a resposta, só sei que há de fato um comodismo, um mecanismo de defesa de ambas as partes, de deixar tudo no mesmo lugar e do mesmo jeito. 

Nunca fui assim, mas me peguei pensando no meu mundinho totalmente intacto.
Quando arrumo meu quarto sempre tento deixar os móveis e objetos do mesmo jeito, já que é um quarto pequeno. Não posso fazer tantas mudanças, além do que gosto de ser discreta no particular, sou perfeccionista e preciso do meu mundinho, Ops, quarto!, de um jeito confortável.  
Com o guarda - roupa, já que sou mulher e ainda consumista, tento renovar sempre, e se compro novas roupas, faço doações das antigas. Até aí tudo normal.   

Mas a vida sempre prega peças e insiste em colocar a prova tudo o que sempre questionei. Nunca gostei desse "comodismo" e hoje ele está fazendo parte de mim.

Enfim, penso que preciso é sair do comodismo, sair da zona de conforto, diversificar as coisas. Não  é questão de mudar minha essência, mas provar que não sou tão acomodada assim, que não me acostumo com o que é proposto. Sei lá!

Acredito que renovar é importante, só nunca sei por onde começar quando o assunto é sentimento.



Marcela Leite.